quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Grandfather Program

Assim que chegamos aqui, a Manu foi matriculada na escola A, que era a escola que atendia o nosso condominio. Durante os poucos meses de aula que ela estudou na escola A, ate entrar de ferias, duas novas escolas ficaram prontas na nossa regiao e com isso, varios condominios, inclusive o meu, foram rezoneados para outras escolas.

Ou seja, a Manu qdo recomecassem as aulas, iria mudar de escola. Confesso que essa noticia nao me animou em nada. Apesar da escola B ser tb uma escola nota A, melhor ate da que ela estava, eu nao queria que a Manu passasse por uma nova mudanca, nova adaptacao, novos amigos, quando ela ja estava acostumada com a escola A.

Foi entao que a minha vizinha colombiana me falou para eu aplicar para o Grandfather. O Grandfather eh um programa do governo da Florida que permite com que algumas criancas (dentro dos criterios estabelecidos pelo Condado) permanecesse na escola atual, mesmo que seu condominio fosse rezoneado.

Confesso que os criterios nao se encaixavam 100% no caso da Manu, mas mesmo assim fiz minha defesa, alegando que haviamos acabado de chegar do Brasil, que a mudanca ja tinha sido dificil para a minha filha e nao gostaria que ela passasse por isso de novo em tao pouco tempo. Tambem aleguei que quando comprei a nossa casa aqui, comprei pq queria que ela atendesse a escola A e que nao sabia que a casa ia ser rezoneada, do contrario nao teria comprado.

Conclusao, nosso application foi aprovado e a Manu agora faz parte do Grandfather Program, ou seja, ela podera permanecer na escola A ate terminar o Elementary, quando entao ira para o Middle School.

Vivaaa!!

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Chegadas e Partidas

Assim que surgiu a oportunidade de nos mudarmos para os USA, pensamos muito onde queriamos morar...nosso sonho era morar nas montanhas, seja no Colorado ou nas Carolinas, em algum lugar bucolico com paisagem de tirar o folego. Mas ai caimos na real...se fossemos morar em algum lugar de dificil acesso, ninguem ia vir nos visitar. Fato.

Entao claro que caimos na Florida, mais precisamente na regiao de Orlando, afinal, o clima eh igual ao nosso, 8 horas so de voo e vc esta aqui e, hello, Disney, todos os anos nossos amigos vem para a Disney. Ou seja, sempre estariamos recebendo os amigos. Sempre teriamos a casa cheia. Sempre veriamos a familia.

Dito e Feito!!

Desde que nos mudamos em fevereiro, nossa casa esta sempre cheia, sempre!! Assim que nos mudamos, 20 dias depois chegaram meus sogros, depois meu irmao, depois meu pai, depois minha cunhada com minha sobrinha, depois uma grande amiga com a filha, ai meu pai, meu outro irmao e agora meus sogros de novo.

Nós nao ficamos mais do que 15 dias sem ter gente em casa. Eh um tal de entra e sai, de busca no aeroporto leva pro aeroporto, de casa cheia, bagunça, companhia e diversao. Adoro!! Afinal, viemos para Orlando justamente para podermos sempre receber a familia e os amigos em casa. E isso eh muito bom. Ter as pessoas em casa ajuda a amenizar a saudade, encurta a distancia e principalmente, quebra a rotina, parece que estamos sempre de ferias!

O mais engracado eh meu irmao, que qdo quer vir me liga e pergunta se tem vaga, kkk...eh definitivamente minha casa virou um albergue, mas eu adoro. Triste mesmo eh ver as pessoas indo embora!


quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Lucas e a Escola

Assim que chegamos aqui nos USA nosso foco principal era matricular as crianças na escola o quanto antes para que elas ja entrassem numa rotina e nao sentissem tanto assim a mudança, e claro, ja comecassem a praticar o ingles.

Manu comecou a escola na semana seguinte e td fluiu bem. Ja o Lucas a historia foi outra.

Lucas nao tinha (e ainda nao tem) idade para ingressar na escola publica, entao fomos atras de uma pre school particular. Fomos em uma indicada por uma amiga e gostamos muito, o unico porem eh que so abriria vaga para dali a um mes.

No dia que o Lucas comecaria as aulas, o marido ja tinha voltado para o Brasil e portanto, eu passei por toda a sua adaptacao sozinha. E nao foi brincadeira.

Lucas nao falava um A em ingles. Alias ate o portugues ele ainda falava com bastantes erros. Pra piorar na salinha dele nao havia nenhum coleguinha brasileiro (nao sei se isso era bom ou ruim, mas naquele momento eu juro que teria ficado bem mais tranquila se houvesse algum coleguinha brasileiro para ajuda-lo). Conclusao, ele nao conseguia se comunicar, nao entendia o que os coleguinhas falavam com ele, nao entendia o que a professora falava com ele (mesmo ela se esforcando para falar em espanhol), passava os dias sozinhos.

Lucas chorou. Chorou muito para ir para escola. Cada dia que eu o deixava la, eu entrava no carro e chorava. Aquele choro doído em que nos questionamos se estamos fazendo a melhor coisa para eles, aquele choro em que pedimos perdao a Deus por fazer ele passar por isso, aquele choro em que o sentimento de solidao bate forte.

Me rasgava o coracao ve-lo implorar para nao ir para a escola, ouvi-lo dizer que as criancas riam dele, que ele nao tinha amigos, que ele queria voltar para o Brasil. Foi Phoda!!

Ate que uma semana ou mais depois, eu tive uma conversa seria com a professora dele. Eu sei que ela estava fazendo o melhor que podia para ajuda-lo, mas isso nao estava sendo suficiente, pq por mais que ela o ajudasse a entender o que todos falavam com ele, faltava algo primordial, faltava carinho. 

Entao abri o jogo com ela. Disse que entendia que aqui nos USA eles nao tem o habito de abracar e pegar os alunos no colo para consola-los, mas que eu estava autorizando ela a fazer isso com meu filho. Expliquei que se ele nao se sentisse seguro e criasse um vinculo com ela na sala, que ele nunca ia ficar bem na escola. E que ela so conseguiria isso atraves de carinho.

No dia seguinte quando o trouxe para a escola e ele comecou a chorar, a professora na hora o pegou no colo e o levou para ajuda-lo com alguma coisa.

Isso foi o suficiente para que a cada dia o Lucas se sentisse melhor e melhor na escola. Ainda tem dias que ele reclama para ir ou chora. Mas hoje eu sei que ele passa o dia super bem la. Ja ate aprendeu a escrever seu nome.

Qto ao ingles...bem, continua nao falando nada, mas ja esta entendendo quase tudo que a professora pede para ele. Entao, acho que estamos progredindo, ne?


terça-feira, 30 de julho de 2019

Pascoa Americana

Ta eu sei, to atrasada..ja ja eh Halloween e cá estou falando da Pascoa que rolou meses atras...to parecendo o coelhinho da Alice que está sempre atrasado!

Mas é que esse post tambem faz parte dos posts de retrospectiva e precisava escrever sobre isso, pq nossa primeira Pascoa aqui foi muito legal!

O condominio que moramos eh um condominio novo, a maioria das pessoas se mudaram para ca do meio do ano passado para agora, entao está todo mundo meio que se conhecendo e justamente por ser novo que nao ha um comite de eventos, etc...nao havia, ate eu vir morar aqui, kkkk.

Isso mesmo, na maior cara de pau joguei no grupo do condominio que estava querendo organizar uma festa de Pascoa no clubhouse com caca aos ovos para as criancas. Foi uma comoção. Montamos um grupo fantastico com 6 voluntarios (eu e mais uma brasileira e 4 americanos) e juntos organizamos uma super festa de Pascoa no condominio.

Teve estações de artesanato para as criancas, buffet de sorvete, distribuição de cestas, a famosa caça aos ovos e ate o coelhinho da Pascoa veio fazer uma visita. Em suma, foi um SUCESSO!!

Criançada esperando o inicio da caça aos ovos do condominio

Alem da caça aos ovos no nosso condominio, nos tambem participamos da Caça aos Ovos do nosso bairro..muito legal. Alias, essa tradição de caça aos ovos aqui eh muito legal. Eles espallham diversos (ou melhor milhares) ovos de plastico pelo gramado e dentro dos ovos colocam chocolate ou brinquedinhos para as criancas. Eh uma curtição. Um dos ovos que a Manu pegou era premiado, ela ganhou um ingresso para o cinema. Bem legal!

domingo, 28 de julho de 2019

Os Pais e a Escola

Sempre soube que os pais participam e muito nas escolas norte americanas e na escola da Manu nao foi diferente, afinal estamos falando de escola publica, que apesar de ser muito boa, se depender unica e exclusivamente do dinheiro publico para funcionar, muito dos eventos e passeios que rolam ao longo do ano, com certeza nao existiriam.

O PTO, parent and teacher organization, eh um grupo formado por pais, eleito pelos pais, que tem total liberdade e autonomia dentro da escola. Eh gracas ao PTO e a todos os eventos que eles promovem para arrecadar fundos para a escola, que a escola consegue se manter em ordem e atualizada.

E os pais do PTO contam com a ajuda de inumeros pais voluntarios para fazer tudo isso acontecer.

Ja sabendo disso, assim que eu cheguei aqui eu ja me cadastrei junto ao Condado para poder voluntariar na escola da Manu. A medida que os eventos vao surgindo, o pessoal do PTO publica na sua pagina uma chamada para voluntarios, e ai se vc esta disponivel, voce da seu nome e pronto, bora ajudar a escola!

Nesses poucos meses que a Manu frequentou a escola, antes que comecassem as ferias, eu ajudei em tres açoes distintas e foi muito gratificante. Eh muito legal ver que voce esta ajudando a escola do seu filho, mas mais legal ainda é estar dentro da escola, ver como ela eh no dia a dia (aqui vc nao entra na escola, no maximo so fica no front office), conhecer as pessoas e, principalmente, ser vista e valorizada. Eles valorizam muito o voluntario!

Dificil mesmo é aguentar a Manu morrendo de vergonha de ver a mae na escola. Socorro, ela so tem 8 anos...ai ai ai, o que me espera?


Voluntariando no Teacher´s Appreciation Week

sábado, 27 de julho de 2019

Manu e a Escola

Começando a serie de posts de retrospectivas, vamos falar sobre a Manu e a escola.

Manu comecou a escola aqui, 2n grade, na segunda semana que estavamos aqui. Como desde os 3 anos de idade a Manu estudava em escola bilingue, eu confesso que eu nao estava muito preocupada com o ingles. Mesmo se ela nao falasse super bem, sei que ela conseguiria se virar e se comunicar. O que me preocupava era a escola em si. Enorme, mais de 1000 alunos so no Ensino Fundamental I. Temia os professores, se seriam acolhedores, amorosos. Temia os alunos, se ajudariam ela, se seriam amigaveis. Temia ela, se ela ia se sentir sozinha, deslocada.

Manu chegou do primeiro dia super animada. Ela foi super bem recebida pela professora e pelos coleguinhas. Confesso que meu coração se alegrou quando a busquei na escola e ela soltou um: adorei a escola. Tb ajudou o fato de que na sala dela tinham outros 3 brasileiros, apesar de que na escola eles so falam em ingles, mas isso, confesso a fez se sentir protegida.

Passados 15 dias, a Manu teve seu primeiro meltdown. Acordou aos prantos dizendo que nao queria ir mais para a escola, que queria voltar para o Brasil. Repetindo as palavras dela: "mae, as criancas nao sao felizes. Eles nao riem. Ninguem brinca, faz piadas. Eh td serio. Tem que andar em fila, nao pode brincar. Eles nao sao felizes mae."

Nesse dia a deixei faltar na escola, mas conversamos muito.  Disse que tinha certeza absoluta de que as criancas eram sim felizes e sim, eles tb faziam bagunca. Mas expliquei tambem que como a escola eh muito grande (so para ter uma ideia havia 17 turmas de segundo ano!!) eles tinham que ter varias regras para manter a disciplina e o dia fluindo, do contrario vira uma zona.

Depois desse dia, Manu teve so outro episodio de meltdown, que atrelei mais a falta que ela estava sentindo do pai e dos amigos do Brasil, do que na escola em si.

Realmente a Manu se adaptou super bem na escola, fez varios amigos, seu ingles melhorou absurdamente e ela terminou o ano sendo eleita a Melhor Amiga da Sala e a Melhor Atleta.

No ultimo dia de aula, antes das ferias de Verao, ela disse que nao queria que as aulas acabassem, que gostava muito da escola. E entao eu perguntei: Mas e ai, as criancas daqui sao realmente tristes, nao sabem brincar?

Entao ela me olhou surpresa, como se dizendo, vc ainda lembra que eu disse isso, e respondeu: "Nao mae, elas sao criancas como as do Brasil, e eu rio muito com elas tambem".






quinta-feira, 25 de julho de 2019

Ah os brasileiros...

Vou confessar, antes de vir para ca muitos me falaram para ficar longe dos brasileiros, que nao eram confiaveis, que era td trambiqueiro, que muitos saiam do Brasil mas o Brasil (no sentido ruim da palavra, se eh que vc me entende) não saia deles e por ai vai.

Ao ouvir td isso eu pensava: ah, mas eu nem quero mesmo me relacionar com brasileiros, afinal, estou saindo do Brasil para viver a vida americana, entao vou eh mesmo buscar amizade com os americanos, nem terei tempo para os brasileiros.


Bom, 5 meses depois de nos mudarmos para ca, o cenario eh o seguinte:


1. sim, fiz amizade com alguns poucos vizinhos americanos, que ate me convidaram para o aniversario do filho, que eventualmente me chamam para alguma outra coisa, e por ai vai


2. ao contrario do que pensava, sim fiz amizade com vários brasileiros, todos do meu condominio, que ja me convidaram para a festa de td qto eh filho, ja fizemos pizzada, ja quebraram o galho ficando com meus filhos para eu resolver um BO, ja vieram na festinha de 80 anos do meu pai, ja me indicaram td qto eh medico e profissional, da manicure ate o cara que montou meu pula pula, do restaurante que vende feijoada ate o cara que faz paella, e por ai vai. Isso sem contar no super grupo  de whatsapp daqui da cidade que faco parte, sao mais de 200 meninas (claro que se eu conhecer 10 eh muito) e todas se ajudando, em tudo. Muito legal isso.

Ou seja, o americano ate abre a porta da sua casa para voce, mas sao os brasileiros que te convidam para entrar no minuto que te conhece. Deu para ver a diferença? 


Mas e os brasileiros safados? Gracas a Deus, ate hoje nunca cruzei com um...todos que conheci ate hoje e com quem temos convivido, todos carregam os mesmos valores que a minha familia e estao todos aqui na luta buscando uma vida melhor para os filhos. E que assim seja, que sejamos todos bem sucedidos aqui, sem precisar prejudicar ninguem, pelo contrario, ajudando um ao outro e vibrando com a conquista de cada um. 


Turma animada do condominio

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Retrospectiva...

Quando criei esse blog um pouco antes de nos mudarmos para os USA era para que eu tivesse uma valvula de escape e pudesse relatar tudo sobre a nossa nova vida aqui. Mas, os meses foram passando, visitas chegaram e foram embora (alias varias), criancas entraram de ferias e me dei conta de que eu simplesmente deixei o blog de lado, era tanta coisa para fazer, para resolver, que simplesmente nao sobrava tempo, nem energia para sentar na frente do computador e escrever. Triste, eu sei, pq eu adoro escrever e nossa vida aqui ta sendo tao legal e intensa, que assunto eh que nao falta.

Entao aos poucos eu vou publicar alguns posts sobre coisas que aconteceram nesses primeiros meses que fiquei longe do blog e que acho legal contar, como por exemplo, a escola das crianças, plano de saude, etc. Sera uma especie de retrospectiva. 


Mas vamos comecar falando sobre o periodo em que morei sozinha aqui, sem marido.


Nesses quase 6 meses que estamos aqui, eu passei 3 meses sola, sem marido, so com as crianças, a cachorra e o gato. Foram 3 meses extremamente cansativos. Crianças estavam na escola, entao a rotina era insana, tive que passar pela adaptacao do cacula na escola sozinha, e nao foi facil, o baixinho chorou um mes inteiro (farei um post sobre isso), cuidar de toda a casa e todas as coisas burocraticas que surgem no meio do caminho, desde resolver problema com o banco, fechar plano de saude, participar de reuniao de condominio, tudo sozinha. Ate movel eu montei sozinha, kkkk.


Fiquei esgotada, fisica e mentalmente. Morria de medo de adoecer ou, pior, desfalecer e meus filhos nao saberem como me socorrer. Cheguei ao ponto de ensinar a minha filha, se caso acontecesse algo comigo, a correr ate o vizinho e pedir ajuda. Tinha dias que td fluia super bem, mas tinha outros que eu achava que nao daria mais conta.


Foi insano. Mas hoje, que o marido ja esta de volta e td voltou ao normal, eu olho para tras e vejo o quanto eu conquistei nesses 3 meses. Ate organizar a festa de Pascoa do condominio eu organizei. Fiz tanta coisa legal que so posso dizer que valeu super a pena. Foi cansativo, foi. Mas foi um crescimento sem igual.


domingo, 10 de março de 2019

Motorizados

Nem pense em se mudar para a Florida sem ter um carro. Praticamente nao existe transporte publico aqui, sao pouquissimas linhas de onibus, que passam em algumas avenidas principais e so. Se voce entao morar nas cidades menores, ao redor de Orlando, entao forget it. Voce precisa ter um carro, nao tem como sobreviver sem.

Em uma cidade como Orlando em que tudo sao freeways, highways, ou seja, qq deslocamento leva pelo menos 20 minutos, realmente o carro se torna sua principal prioridade quando vc se muda para ca. E foi isso que tivemos em mente assim que nos mudamos.

Chegamos aqui e alugamos um carro por apenas uma semana. Ou seja, tinhamos uma semana para comprar nosso carrinho antes de devolver o outro para a locadora. Ja tinha lido muito sobre as lojas de carro aqui em Orlando e sempre havia alguem aconselhando a comprar o carro, mesmo que usado, direto em concessionaria e nao numa revenda, por ser mais seguro, mais confiavel, ter garantia e tudo o mais.

Tambem, antes de nos mudarmos, pesquisamos quais carros se encaixariam nas nossas necessidade e, principalmente, queriamos carro economico, afinal, com todas essas distancias, ninguem merece deixar o salario do mes em combustivel. Chegamos aqui com uma lista de 5 SUVs que se encaixavam no que tinhamos como ideal. E assim iniciamos a busca, que nem foi tao longa assim.

Na primeira concessionaria que entramos, a Toyota, ja achamos 3 SUVs usados da lista que tinhamos, todos semi novos, com baixa a media quilometragem. So precisavamos escolher qual...Um vez escolhido, corri para ligar para a minha corretora aqui dos USA pois precisava fechar urgente o seguro do carro. Aqui, por lei, nenhum carro sai da concessionaria sem que ja tenha o seguro fechado. E detalhe, o seguro so vale por 6 meses e nao 12 como no Brasil.

Outro ponto interessante eh que a placa nao eh do carro e sim sua. Ou seja, se um dia eu vender esse carro e comprar outro, a placa desse muda para o outro carro. Isso porque todo o meu historico como motorista e o historico do carro ficam registrados na placa. Mudou de carro, a placa e todo o seu historico passam automaticamente para o outro carro.

E por fim, todos os carros aqui nos USA tem um relatorio chamado Carfax. Tudo que acontece com o carro, desde pequenos consertos e batidinhas leves, ate graves colisoes, sao registrados no Carfax. Quando voce for comprar um carro usado aqui, eh primordial que voce solicite ao vendedor o carfax do carro, pq ai vc sabera se o carro teve varios donos, se teve algum acidente grave, etc. Um dos SUVs que vimos estava lindo, ai quando pedi o Carfax apareceu uma batida, leve, mas suficiente para que eu trocasse esse carro pelo que compramos, cujo Carfax estava 100% clean.

Essa semana tiramos nossa carteira de motorista daqui. Depois farei um post sobre isso.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

A primeira semana

Nossa primeira semana aqui nos States ainda não acabou, mas já sei bem qual palavra resumiria bem ela: Insana!! Absolutamente Insana!

Sim, essa semana está sendo intensa, não em sentimentos, esses pelo menos estão de boa, crianças estão felizes e nos em paz. Mas intensa pelo tanto de coisa que tivemos que ver e resolver em apenas 4 dias!

Antes de nos mudar, eu contratei uma pessoa para decorar a casa, pelo menos o básico de móveis para que quando chegássemos tivéssemos quarto para dormir, sofá e TV, e mesa para comer! Pois bem! Mas parou por aí. Chegamos e claro tivemos que comprar de pratos e panelas, a toalhas, lençóis, travesseiros... sem contar comida, produto de limpeza, eletrodomésticos... enfim. Ficamos dois dias só correndo atrás disso... e ainda tem as 8 malas para desarrumar, que eu ainda não terminei, kkk!

No meio disso, tb chegaram a Cuca e o Pipo, e bora ficar algumas horas no aeroporto para conseguir liberar os pets e trazê-los para casa.

E ainda fomos na escola, atrás de exame médico, comprar carro, ver linha de celular, contratar internet para a casa... afeee olha, semaninha puxada. Fico só com do das crianças q tem que nos acompanhar nessa correria toda. Manu já reclamou: Poxa, a gente não tem tempo nem pra brincar!! Tem filha, tem, conforme prometido, esse final de semana nos vamos na Disney!!


domingo, 17 de fevereiro de 2019

Tchau Brasil

“All my Bags are packed I am ready to go, I am standing here outside your door, I hate to wake you up to say goodbye. I am leaving on a jet plane, I dont know when I will be back again... “

Essa musica, do grupo Peter Paul and Mary, fez parte da minha adolescência. Lembro de quando fiz intercâmbio e morei 1 ano nos USA, meus amigos todos foram se despedir de mim no aeroporto, eram mais de 30 pessoas cantando em coro essa musica para mim e eu chorando, insegura com a viagem, com medo de não aguentar ficar 1 ano longe, questionando se eu tinha feito a melhor coisa quando insisti tanto com meus pais em ficar 1 ano fora. Tinha 16 anos.

E hoje, dia do nosso embarque, parece que esse mesmo filme está passando na minha cabeça. Com a diferença de que não havia 30 adolescentes no aeroporto se despedindo de mim,  só a família mais próxima.. e que desta vez eu não estou indo só, tenho marido e filhos juntos. Mas de novo eu me questiono se fiz a coisa certa, afinal, agora sou responsável por duas crianças que serão impactadas positiva e negativamente por essa decisão.

E tudo que eu peço eh que Deus nos acompanhe nessa nova vida, nos guiando, iluminando nosso caminho e abençoando nossos passos para que sejamos sim muito felizes na terra do Tio Sam, e possamos, daqui a alguns anos, olhar  pra trás e ter orgulho da decisão que hoje tomamos!!

Come to me, America!!


Tchau mudança!

Faz uma semana que a transportadora levou nossa mudança embora. Não era muita coisa, alguns móveis, álbuns, brinquedos, poucas coisas de cozinha, loucas... e de lá pra cá assistimos dia após dia nossa casa ficar cada vez mais vazia a medida que as pessoas vinham buscar os móveis que compraram.

Ontem os últimos móveis saíram, uma poltrona e a mesa da varanda. Ficou um vazio. Casa vazia. A sensação de que não mais pertencemos aqui, mas ainda não pertencemos lá. Estranho.

Desde ontem temos feito nossas refeições fora, pq nem pratos, panelas, microondas temos. Estamos acampados em nossa própria casa. Graças a Deus a casa permanece. Foi alugada. O que nos dá uma certa tranquilidade ao pensar que se nada der certo lá, temos para onde voltar.

E que comece a nossa aventura na terra do Tio Sam.



quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Criancas X Mudança

O que mais tem me tirado o sono em relação à mudança são as crianças.  Será que vão se adaptar? Será que farão amigos rapido? Como será em relaçao ao Ingles? Será que serão felizes?

Todas as noites peço à Deus que cuide delas, que ajude elas nesse processo, que nao as faça sofrer. Perco o sono pensando nelas sofrendo, sendo infelizes e nos culpando, pro resto da vida, por tudo isso.

Todo mundo com quem converso diz que as criancas sao as que menos sentem, que se adaptam rapido, que logo nem pensam mais em voltar pro Brasil. Confesso que gostaria de acreditar piamente nisso, mas nao consigo. Nao consigo por dois motivos: 1. cada crianca eh de um jeito, tem sim as mais despachadas e seguras que se adaptam rapido, mas a grande maioria passa os primeiros meses bem mal e, 2. prefiro me preparar para o pior e esperar o melhor.

E por preparar eu digo, fazer tudo o que esta ao meu alcance.

A Manu desde que demos inicio ao processo se mostrava super resistente a ideia de mudar, a ponto de ter crise de choro quando o assunto era levantado. Conclusao, no começo desse ano coloquei ela na terapia justamente para trabalhar essa inseguranca e prepara-la para a mudanca. Hoje ela esta ate animada com a ideia de se mudar, o que ja foi um grande avanço.

Também envolvi as crianças em tudo relacionado aos preparativos, como leva-los ate a cidade que iremos morar para eles passearem e verem tudo que a cidade oferece, ajudar na escolha da casa, escolher os moveis do quarto, dar a elas o direito de escolher quais brinquedos gostariam de levar, essas coisas. O Lucas por exemplo, no alto dos seus quase 4 anos, conta para todos que vai morar perto do Mickey, que tera um quarto de aviao e que vai para uma escola nova. Acho que ja eh bastante para ele imaginar o que a mudanca representa. So la mesmo para saber como ele absorvera isso melhor.

Por fim, atraves de uma dica que vi na internet, descobri um livro bem legal, simples e eficaz com 25 dicas para se mudar com criancas. O livro esta em ingles, mas as dicas sao bem valiosas, desde a melhor epoca para se mudar com criancas em idade escolar, ate como fazer amizades com os novos vizinhos.  Vale a leitura.


 

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