Assim que chegamos aqui, a Manu foi matriculada na escola A, que era a escola que atendia o nosso condominio. Durante os poucos meses de aula que ela estudou na escola A, ate entrar de ferias, duas novas escolas ficaram prontas na nossa regiao e com isso, varios condominios, inclusive o meu, foram rezoneados para outras escolas.
Ou seja, a Manu qdo recomecassem as aulas, iria mudar de escola. Confesso que essa noticia nao me animou em nada. Apesar da escola B ser tb uma escola nota A, melhor ate da que ela estava, eu nao queria que a Manu passasse por uma nova mudanca, nova adaptacao, novos amigos, quando ela ja estava acostumada com a escola A.
Foi entao que a minha vizinha colombiana me falou para eu aplicar para o Grandfather. O Grandfather eh um programa do governo da Florida que permite com que algumas criancas (dentro dos criterios estabelecidos pelo Condado) permanecesse na escola atual, mesmo que seu condominio fosse rezoneado.
Confesso que os criterios nao se encaixavam 100% no caso da Manu, mas mesmo assim fiz minha defesa, alegando que haviamos acabado de chegar do Brasil, que a mudanca ja tinha sido dificil para a minha filha e nao gostaria que ela passasse por isso de novo em tao pouco tempo. Tambem aleguei que quando comprei a nossa casa aqui, comprei pq queria que ela atendesse a escola A e que nao sabia que a casa ia ser rezoneada, do contrario nao teria comprado.
Conclusao, nosso application foi aprovado e a Manu agora faz parte do Grandfather Program, ou seja, ela podera permanecer na escola A ate terminar o Elementary, quando entao ira para o Middle School.
Vivaaa!!
quarta-feira, 7 de agosto de 2019
sexta-feira, 2 de agosto de 2019
Chegadas e Partidas
Assim que surgiu a oportunidade de nos mudarmos para os USA, pensamos muito onde queriamos morar...nosso sonho era morar nas montanhas, seja no Colorado ou nas Carolinas, em algum lugar bucolico com paisagem de tirar o folego. Mas ai caimos na real...se fossemos morar em algum lugar de dificil acesso, ninguem ia vir nos visitar. Fato.
Entao claro que caimos na Florida, mais precisamente na regiao de Orlando, afinal, o clima eh igual ao nosso, 8 horas so de voo e vc esta aqui e, hello, Disney, todos os anos nossos amigos vem para a Disney. Ou seja, sempre estariamos recebendo os amigos. Sempre teriamos a casa cheia. Sempre veriamos a familia.
Dito e Feito!!
Desde que nos mudamos em fevereiro, nossa casa esta sempre cheia, sempre!! Assim que nos mudamos, 20 dias depois chegaram meus sogros, depois meu irmao, depois meu pai, depois minha cunhada com minha sobrinha, depois uma grande amiga com a filha, ai meu pai, meu outro irmao e agora meus sogros de novo.
Nós nao ficamos mais do que 15 dias sem ter gente em casa. Eh um tal de entra e sai, de busca no aeroporto leva pro aeroporto, de casa cheia, bagunça, companhia e diversao. Adoro!! Afinal, viemos para Orlando justamente para podermos sempre receber a familia e os amigos em casa. E isso eh muito bom. Ter as pessoas em casa ajuda a amenizar a saudade, encurta a distancia e principalmente, quebra a rotina, parece que estamos sempre de ferias!
O mais engracado eh meu irmao, que qdo quer vir me liga e pergunta se tem vaga, kkk...eh definitivamente minha casa virou um albergue, mas eu adoro. Triste mesmo eh ver as pessoas indo embora!
Entao claro que caimos na Florida, mais precisamente na regiao de Orlando, afinal, o clima eh igual ao nosso, 8 horas so de voo e vc esta aqui e, hello, Disney, todos os anos nossos amigos vem para a Disney. Ou seja, sempre estariamos recebendo os amigos. Sempre teriamos a casa cheia. Sempre veriamos a familia.
Dito e Feito!!
Desde que nos mudamos em fevereiro, nossa casa esta sempre cheia, sempre!! Assim que nos mudamos, 20 dias depois chegaram meus sogros, depois meu irmao, depois meu pai, depois minha cunhada com minha sobrinha, depois uma grande amiga com a filha, ai meu pai, meu outro irmao e agora meus sogros de novo.
Nós nao ficamos mais do que 15 dias sem ter gente em casa. Eh um tal de entra e sai, de busca no aeroporto leva pro aeroporto, de casa cheia, bagunça, companhia e diversao. Adoro!! Afinal, viemos para Orlando justamente para podermos sempre receber a familia e os amigos em casa. E isso eh muito bom. Ter as pessoas em casa ajuda a amenizar a saudade, encurta a distancia e principalmente, quebra a rotina, parece que estamos sempre de ferias!
O mais engracado eh meu irmao, que qdo quer vir me liga e pergunta se tem vaga, kkk...eh definitivamente minha casa virou um albergue, mas eu adoro. Triste mesmo eh ver as pessoas indo embora!
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
Lucas e a Escola
Assim que chegamos aqui nos USA nosso foco principal era matricular as crianças na escola o quanto antes para que elas ja entrassem numa rotina e nao sentissem tanto assim a mudança, e claro, ja comecassem a praticar o ingles.
Manu comecou a escola na semana seguinte e td fluiu bem. Ja o Lucas a historia foi outra.
Lucas nao tinha (e ainda nao tem) idade para ingressar na escola publica, entao fomos atras de uma pre school particular. Fomos em uma indicada por uma amiga e gostamos muito, o unico porem eh que so abriria vaga para dali a um mes.
No dia que o Lucas comecaria as aulas, o marido ja tinha voltado para o Brasil e portanto, eu passei por toda a sua adaptacao sozinha. E nao foi brincadeira.
Lucas nao falava um A em ingles. Alias ate o portugues ele ainda falava com bastantes erros. Pra piorar na salinha dele nao havia nenhum coleguinha brasileiro (nao sei se isso era bom ou ruim, mas naquele momento eu juro que teria ficado bem mais tranquila se houvesse algum coleguinha brasileiro para ajuda-lo). Conclusao, ele nao conseguia se comunicar, nao entendia o que os coleguinhas falavam com ele, nao entendia o que a professora falava com ele (mesmo ela se esforcando para falar em espanhol), passava os dias sozinhos.
Lucas chorou. Chorou muito para ir para escola. Cada dia que eu o deixava la, eu entrava no carro e chorava. Aquele choro doído em que nos questionamos se estamos fazendo a melhor coisa para eles, aquele choro em que pedimos perdao a Deus por fazer ele passar por isso, aquele choro em que o sentimento de solidao bate forte.
Me rasgava o coracao ve-lo implorar para nao ir para a escola, ouvi-lo dizer que as criancas riam dele, que ele nao tinha amigos, que ele queria voltar para o Brasil. Foi Phoda!!
Ate que uma semana ou mais depois, eu tive uma conversa seria com a professora dele. Eu sei que ela estava fazendo o melhor que podia para ajuda-lo, mas isso nao estava sendo suficiente, pq por mais que ela o ajudasse a entender o que todos falavam com ele, faltava algo primordial, faltava carinho.
Entao abri o jogo com ela. Disse que entendia que aqui nos USA eles nao tem o habito de abracar e pegar os alunos no colo para consola-los, mas que eu estava autorizando ela a fazer isso com meu filho. Expliquei que se ele nao se sentisse seguro e criasse um vinculo com ela na sala, que ele nunca ia ficar bem na escola. E que ela so conseguiria isso atraves de carinho.
No dia seguinte quando o trouxe para a escola e ele comecou a chorar, a professora na hora o pegou no colo e o levou para ajuda-lo com alguma coisa.
Isso foi o suficiente para que a cada dia o Lucas se sentisse melhor e melhor na escola. Ainda tem dias que ele reclama para ir ou chora. Mas hoje eu sei que ele passa o dia super bem la. Ja ate aprendeu a escrever seu nome.
Qto ao ingles...bem, continua nao falando nada, mas ja esta entendendo quase tudo que a professora pede para ele. Entao, acho que estamos progredindo, ne?
Manu comecou a escola na semana seguinte e td fluiu bem. Ja o Lucas a historia foi outra.
Lucas nao tinha (e ainda nao tem) idade para ingressar na escola publica, entao fomos atras de uma pre school particular. Fomos em uma indicada por uma amiga e gostamos muito, o unico porem eh que so abriria vaga para dali a um mes.
No dia que o Lucas comecaria as aulas, o marido ja tinha voltado para o Brasil e portanto, eu passei por toda a sua adaptacao sozinha. E nao foi brincadeira.
Lucas nao falava um A em ingles. Alias ate o portugues ele ainda falava com bastantes erros. Pra piorar na salinha dele nao havia nenhum coleguinha brasileiro (nao sei se isso era bom ou ruim, mas naquele momento eu juro que teria ficado bem mais tranquila se houvesse algum coleguinha brasileiro para ajuda-lo). Conclusao, ele nao conseguia se comunicar, nao entendia o que os coleguinhas falavam com ele, nao entendia o que a professora falava com ele (mesmo ela se esforcando para falar em espanhol), passava os dias sozinhos.
Lucas chorou. Chorou muito para ir para escola. Cada dia que eu o deixava la, eu entrava no carro e chorava. Aquele choro doído em que nos questionamos se estamos fazendo a melhor coisa para eles, aquele choro em que pedimos perdao a Deus por fazer ele passar por isso, aquele choro em que o sentimento de solidao bate forte.
Me rasgava o coracao ve-lo implorar para nao ir para a escola, ouvi-lo dizer que as criancas riam dele, que ele nao tinha amigos, que ele queria voltar para o Brasil. Foi Phoda!!
Ate que uma semana ou mais depois, eu tive uma conversa seria com a professora dele. Eu sei que ela estava fazendo o melhor que podia para ajuda-lo, mas isso nao estava sendo suficiente, pq por mais que ela o ajudasse a entender o que todos falavam com ele, faltava algo primordial, faltava carinho.
Entao abri o jogo com ela. Disse que entendia que aqui nos USA eles nao tem o habito de abracar e pegar os alunos no colo para consola-los, mas que eu estava autorizando ela a fazer isso com meu filho. Expliquei que se ele nao se sentisse seguro e criasse um vinculo com ela na sala, que ele nunca ia ficar bem na escola. E que ela so conseguiria isso atraves de carinho.
No dia seguinte quando o trouxe para a escola e ele comecou a chorar, a professora na hora o pegou no colo e o levou para ajuda-lo com alguma coisa.
Isso foi o suficiente para que a cada dia o Lucas se sentisse melhor e melhor na escola. Ainda tem dias que ele reclama para ir ou chora. Mas hoje eu sei que ele passa o dia super bem la. Ja ate aprendeu a escrever seu nome.
Qto ao ingles...bem, continua nao falando nada, mas ja esta entendendo quase tudo que a professora pede para ele. Entao, acho que estamos progredindo, ne?
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